terça-feira, 23 de novembro de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Paredão das Antas
Mergulho num local chamado de Paredão das Antas Águas Cristalinas do Rio Verde |
Areia colorida às margens do Rio Verde num local chamado de Paredão das Antas |
Marcadores:
areia,
campo novo,
colorida,
mergulho,
parecis,
paredão das antas
segunda-feira, 8 de março de 2010
Balneário Rio Verde
Marcadores:
balneário,
camping,
campo novo,
parecis,
rio verde
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Carta dos índios paresí ao mundo
Terra Indígena está em fase de demarcação - Imagem do Google Earth do local exato
Também faz parte de um lugar sagrado de nossa história. Isto significa que estas histórias, já vêm desde a criação do mundo. Ponte de Pedra é a origem de toda a Nação Paresi. Lugar onde nasceu todos os homens do mundo.
Parcial da Ponte de Pedra
Local sagrado para os índios paresí-haliti
Governo federal mente, constituição federal manda cuidar do povo indígena, não cuida, empresta dinheiro para cuidar tradição e demarcar terra indígena, não faz, só compra carro, avião, fica rico, enquanto terra do índio é destruída. Precisa demarcar nossa terra sagrada Ponte de Pedra, urgentemente. Querem oferecer presente, como antigamente, agora índio não é mais bobo, precisa local sagrado, para Nação Paresi sobreviver.
Você que esta lendo esta história triste, peço ajuda, socorre povo paresi, se destruir local sagrado, Nação Paresi morre. Ajuda esta carta chegar ao Mundo, precisa denunciar matança de nosso povo.
Tangará da Serra - MT - Brasil, 21 de outubro de 1.999
Local onde hidrelétrica seria construída
Depois de muitas águas rolarem os índios paresí respiraram aliviados, pois em 2003, o juiz federal Jeferson Schneider decretou a nulidade do contrato de concessão e condenou a Funai a fazer a demarcação das terras da Ponte de Pedra no prazo de um ano. Sete anos se passaram e a demarcação ainda não aconteceu, mas, de acordo com a Funai, está em processo de identificação.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Crianças Paresí-Haliti
![]() |
Eu entre duas crianças indígenas da etnia Paresí-Haliti. Foto tirada em 2007 durante os I Jogos Interculturais Indígenas de Mato Grosso ocorridos em Campo Novo do Parecis. |
Marcadores:
campo novo,
indigenas,
indiozinhos,
interculturais,
jogos,
mato grosso,
parecis
terça-feira, 17 de novembro de 2009
A rodovia dos Índios
A cultura de um povo em risco...
Uma estradinha de cascalho fora aberta em meio a Terra Indígena Utiariti no início da década de 1990. Naquela época, Campo Novo do Parecis, hoje uma cidade rica e próspera, era um pequeno amontoado de casebres e uma grande concentração de colonos dispostos a desbravar o que fora chamado de “chapadão inóspito e triste” por Roquette-Pinto em 1917.
Antes de abrir a precária estrada, o então prefeito campopareciense, Zeul Fedrizzi, procurou lideranças indígenas da etnia Paresi-haliti e, por diversas vezes teve um ‘não’ como resposta. João Arezomae (João Garimpeiro), o cacique-geral, foi um dos que negou “de pés juntos” a abertura do caminho ligando os rios Verde e Papagaio, limite geográfico das terras deste povo.
Depois de muito diálogo, Fedrizzi conseguiu convencer os indígenas sobre a importância de se ter uma estrada passando pelas aldeias. Em 1991, ele colocou as máquinas da Prefeitura para abrir o que ele próprio chama de ‘picada’. Motosserra, trator e um correntão foram usados para abrir um corredor em meio ao cerrado que predomina(va) nesta região.
O que ele [Zeul] não esperava é que a Justiça interviesse. Em 1991, quando a estrada já cortava a imensidão Utiariti, o ex-prefeito foi processado por abrir a trilha em terra indígena, ‘intocável’ na época. Hoje, João Garimpeiro, com 99 anos, diz que naquele tempo a Fundação Nacional do Índio (Funai) era ‘mais ruim de mexer’. Zeul responde ao processo até hoje.
Dezoito anos se passaram e a estradinha arenosa virou rodovia estadual asfaltada, batizada de João Arezomae (MT-235), uma homenagem ao ancião chefe do povo Paresi-haliti. Ao discursar para políticos e centenas de populares as margens do Rio Papagaio, no dia da inauguração, o ancião de voz cansada e palavras mal pronunciadas, disse: “índio qué estrada, mas qué cultura de índio preservada também”.
A rodovia passa próximo as aldeias Seringal, Bacaval e 04 Cachoeiras e trará muitos benefícios aos povos que ali habitam (transporte, educação, saúde, renda), mas este progresso deve custar caro. A indescritível cultura de um povo, o colorido de seus penachos, o ruído uníssono de suas canções e a inigualável beleza de suas matas e rios estão em xeque-mate.
Os penachos já dão lugar, há tempos, ao jeans e o som já tem outras notas. Os mais jovens dirigem camionetas 4x4, cantam sertanejo e dançam ‘psy’. Lhes é proibido vender bebidas alcoólicas, mas mesmo assim, eles tem acesso fácil a estas ilicitudes. As matas, que há muito vêm sendo alvo de queimadas e degradações, irão pelo chão.
Os paresi são pioneiros no plantio de soja, arrendam suas terras para sojicultores e já enfrentaram a Funai para poder fazer isso. Em 2004, a cacique Miriam Kazaizokairo declarou: "O artesanato não tem mais valor e a soja é vendida em dólar". Na mesma ocasião Miriam disse que a entidade não atende mais às necessidades dos índios e que eles já adquiriram outra cultura. "Se ficarmos parados no tempo, vamos virar peça de museu", garantiu.
O que dizer de tudo isso se os próprios índios paresi são favoráveis? “Ninguém mantém a cultura morrendo de fome”, relatou um. Atualmente a soja é um tapete verde entorno das aldeias e a caça e a pesca não são mais a principal fonte de alimentação deles. O contato com a civilização criou nos índios necessidades novas, resta saber se eles derrubarão a floresta nativa de suas reservas para a expansão da produção agrícola.
Assinar:
Postagens (Atom)