quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ipês anunciam o fim do inverno



Por Alexandre Rolim

O ipê amarelo é a árvore símbolo do Brasil e neste mês de setembro, aviva os quatro cantos do país. O inverno agora está no seu último estágio, apesar de que para nós ele veio estranho e franzino neste ano, reflexo das drásticas mudanças climáticas.

Na manhã de ontem recebi um chamado de uma pessoa que sempre colaborou conosco, Gilson Paz ou Baratinha como preferir, nos ligou para fazer uma reportagem, imediatamente me desloquei até o pátio da Casa da Amizade, sede do Rotary Clube.

Baratinha então mostrou o motivo de ter me chamado até lá. O “amarelume” ouro de uma árvore singela, grácil e extremamente linda, o Ipê amarelo. Não têm folhas, só flores. A graciosidade da árvore resume em pormenores a onipotência de sua beleza. Abelhas e mangavas zunem o tempo todo se deliciando com o néctar das flores amarelecidas.

Imediatamente pus-me a fotografar a árvore. Depois passei a pesquisar sobre ela. Descobri que o nome ipê vem da língua tupi, e pronuncia-se “ype”, que significa “árvore com casca grossa”. Também tomei ciência de que a árvore é do gênero da Tabebuia e da família das Bignoniáceas.

Achei interessante saber que a madeira do ipê é muito comercializada, especialmente para revestir pisos, devido à sua alta resistência e que a casca do ipê (roxo) é considerada uma panaceia para muitos males, inclusive para prevenção contra o câncer.

O Brasil é imenso, por isso, dependendo da região do país onde formos ouviremos um nome diferente para a árvore: páu-d’arco, peúva, péroba-de-campos, entre outros.

Agora, pressuponho que os ipês irão romper o marrom turvo e assombroso que cobre as ruas das cidades, não a nossa, pois infelizmente temos poucos ipês na área urbana. Estas árvores irão se sobressair ao asfalto e ao caos urbano. Espera-se que as pessoas vejam a beleza desta árvore e reflitam sobre o futuro, delas, e de tantas outras em detrimento.

Finalizo deixando um trecho do Hino Nacional, uma reverência à beleza dos nossos campos e florestas: “Do que a terra, mais garrida, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida no teu seio mais amores."



Escrito inicialmente para o Jornal O diário de Campo Novo do Parecis

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